quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O preço que temos a pagar

Esta é minha filha, está no 6º ano, e ontem na aula de português, teve que ler para a professora e os amigos na sala de aula , uma redação sobre coisas que gostaria que acontecesse neste Natal. Bem, até aí tudo bem, todos os alunos tiveram que fazer o mesmo, e a medida que o colega lesse, os outros davam a nota de 0 a 5.
Depois que minha filha leu sua redação, a professora perguntou quem gostou e numa sala de 23 alunos , ninguém levantou a mão. Ok, ok, você deve estar se indagando o quão ruim deveria ser a redação não é mesmo? Pois bem, antes de continuar a concluir o meu post, eis abaixo o texto que ela criou:
Neste Natal, eu gostaria...

De poder ganhar e partilhar,
De poder sorrir e chorar,
Cantar e dançar,
Pois um Natal não é um Natal
Sem alegria.
Neste Natal eu gostaria
Que todos no mundo
Tivessem liberdade de expressão.
Neste Natal, eu gostaria
Que todos os homens
Recebessem o presente que querem,
que se vistam de Pai Natal, de Mãe Natal,
Que comam o peru, ou uma boa comida,
Que tivesse um feliz Natal.
Neste Natal, eu gostaria
Que se visse um sorriso
de boca em boca,
Um olhar bem limpo e um coração
Pronto a ajudar e dar amor e carinho
Aos que mais precisam.

Essa redação, depois de lida por minha filha ontem, teve zero de aprovação por todos os alunos da turma, excepto a professora que parabenizou-a e disse que era a melhor e pediu-lhe uma cópia pra guardar, ...pois eu sei soa estranho não é. Agora você vai entender melhor; a minha filha está com a mesma turma a quase 4 anos, e desde o início foi sempre muito difícil, e o principal motivo foi minha filha ter assumido a sua fé em Jesus, e anão aderir a certos hábitos e costumes diários que as outras crianças praticavam e achavam normal( e é para o mundo).
Minha filha no decorrer deste 4 anos já foi vítima de injustiças, já foi chamada de mentirosa, e por mais de uma vez vítima de bullying na escola. Por várias vezes no decorrer desses anos ela me indagou o porque do comportamento dos colegas de escola darem sempre por lado mal, tipo as raparigas têm inveja umas das outras, miúdas que mal saíram das fraldas a pensarem em namorados, mentiras, maldades, rebeldia, vingança, enfim tudo o que é mal.
E pra minha filha sustentar a fé e a separação do "grupinho fixe", teve que pagar o preço, que é esse que especifiquei acima.
Hoje em dia , e graças a Deus por isso, ela aprendeu a se defender e a defender sua fé, houve momentos em que teve que pedir perdão a pessoas que a humilharam mais ainda por isso, mas era o que tinha que fazer. houve momentos em que conversamos por mais de 2 horas, e lhe expliquei as consequências da vida com e sem Deus, e o porquê optar pelo caminho mais difícil para se alcançar algo nessa vida e na eterna. Enfim, nossas conversas, as experiências por ela vividas diariamente na escola, sempre giram em torno do mesmo: O preço que temos a pagar pra se manter santo ( separado) deste mundo, mas, bem pertinho de Deus. Se você sofre perseguições no teu trabalho, na tua casa, seus vizinhos lhe criticam, na escola ninguém quer ser amigo de alguém "careta", acredite, você não é o único, mas também acredite que nesse momento em outras partes do mundo, onde você nem imagina, pessoas estão pagando um preço muito mais caro que o teu, que o meu. Assista o vídeo,  são só 3 minutos e 43 segundos, mas tenho a certeza que você vai mudar o teu conceito de dificuldade de carregar a cruz e de pagar o preço.